Antes de contestar a nota
exposta no blog Carnaubais em foco quero publicar para os leitores assíduos de
boas notícias e com capacidade de interpretar e compreender a realidade dos
fatos em foco.
O momento que vivemos é um
momento pleno de desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso
ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar. É
necessário alimentar sonhos e concretizá-los dia a dia no horizonte de novos
tempos mais humanos, mais justos, mais solidários.
A lei de nº 8.662, de 07 de
junho de 1993 que dispõe sobre a profissão de Assistente Social em seu Art. 5º
constituem atribuições privativas do Assistente Social, inciso VI treinamento,
avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social. Portanto, a
supervisão de estagiários de Serviço Social, cabe somente ao Assistente Social.
Entretanto, diante dessa
informação quero explicar para a sociedade Carnaubaense o contexto de tanta
especulação para a realização de um Projeto de Intervenção das estagiárias do
curso de Serviço Social da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ASSÚ/RN que fazem estágio
no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS na cidade de Carnaubais/RN.
Local de estágio escolhido pelas alunas por residirem e serem naturais desta cidade.
Neste contexto, sabe-se que o
Projeto de Intervenção é exigência do estágio curricular e o local para a
realização do mesmo foi escolha das estagiárias de Serviço Social, por saber da
riqueza e importância de materiais e subsídios de trabalho para estudo oferecido
pelo prolongamento do Conjunto João Teixeira Filho, ou seja, quatro ruas anexas
do referido Conjunto, popularmente “São Francisco”.
No estágio curricular as
estagiárias devem, obrigatoriamente, contar com
a supervisão de um técnico de nível superior da equipe de referência do CRAS.
Destaca-se que as estagiárias não podem, em hipótese alguma, substituir os
profissionais que compõem a equipe de
referência do CRAS, sejam os profissionais de nível superior. Devem participar
junto ao técnico de nível superior ou sozinho, desde que orientado e
supervisionado pelo técnico de nível superior (da mesma categoria profissional)
e com o consentimento dos usuários, de
atividades de programas, serviços e projetos implementados no CRAS.
Prosseguindo e dando
concretude aos fatos as estagiárias realizaram um primeiro contato com os
moradores, que indicou como REPRESENTANTE da comunidade KAVERNAC, sendo que esse primeiro contato foi realizado no CRAS, e
as alunas de Serviço Social buscaram informações sobre a comunidade e falaram
sobre o Projeto de Intervenção que elas gostariam de realizar na referida
comunidade, mas mostrando ao REPRESENTANTE que era um Projeto da UNIVERSIDADE e
não da Gestão local e em seguida marcaram um encontro com os moradores da
comunidade. Mas paralelamente ao encontro realizado com o REPRESENTANTE dos
moradores as estagiárias também buscaram outras fontes para conhecer melhor a
comunidade, através de dados colhidos pela secretaria de Assistência Social,
Saúde, Agente de Saúde (Vera de Melo), Educação, Finanças, Obras, CAERN e
Promotoria. Então no primeiro encontro esteve presente a Supervisora de estágio
a Profª e Assistente Social Ellen Paiva e as estagiárias de Serviço Social
Fernanda e Valdileia, que puderam conhecer de perto a realidade da comunidade.
Neste encontro os moradores expuseram vários problemas ali existentes que foram
reivindicados ao Governo atual e segundo eles, sem êxito. As estagiárias
sabendo das reivindicações se comprometeram em buscar informações a respeito e
repassá-las para a comunidade o resultado do encaminhamento de cada uma delas.
No entanto, em nenhum momento falaram que iria resolvê-las, pois o estágio
apenas lhe permite orientar e apresentar resultados de trabalhos aplicados.
Num segundo encontro as
estagiárias de Serviço Social apresentaram aos moradores da comunidade do Conj.
João Teixeira os resultados dos questionamentos, mas sempre focando o alvo do
encontro que é o Projeto de Intervenção – Ação Social na Comunidade que seria
realizado no colégio Abel Alberto da Fonseca, onde todos ali presentes
concordaram, mas o encontro tomou outro rumo.
No encontro estiveram
presentes as alunas da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ASSÚ/RN, a Supervisora de Estágio
a profª e Assistente Social Ellen Paiva e a Supervisora de Campo Vera Fonseca (convidada
pelas estagiárias e por ser supervisora de campo das alunas) e alguns moradores
presentes. Vale salientar que todos foram
convidados. Mas, segundo o REPRESENTANTE KAVERNAC
os demais moradores não estavam presentes por estarem trabalhando. Além dessas
pessoas citadas estavam presente Jarbas Filadelfo (Secretario de Finanças) e o
Vereador Thiago Cavalcante ambos vieram a convite do próprio KAVERNAC, onde o BLOG CARNAUBAIS EM
FOCO cita que os mesmos foram a mando do PREFEITO.
Portanto, quero informar
para a população que o REPRESENTANTE da comunidade o jovem KAVERNAC se apropriou do Projeto de Intervenção das alunas de
Serviço Social, ou seja, anulando, deturpando a imagem da UNIVERSIDADE que está
realizando um trabalho social na comunidade. A apropriação do trabalho das
alunas foi de má fé, pré-meditado e agressivo, levando o trabalho das alunas
pra o lado partidário, pois em nenhum momento a intenção das alunas era
transformar seu Projeto em partidarismo, pois o objetivo delas era apresentar
para a população o que aprenderam na UNIVERSIDADE.
Quero colocar meu desabafo
para que a sociedade de Carnaubais saiba o que aconteceu naquela comunidade no
dia 30 de outubro de 2013. Quero esclarecer também que não representei neste
dia o Governo, mas a Assistência Social especificamente o Centro de Referência
de Assistência Social – CRAS, local onde trabalho, e toda a sociedade que se
encontra em vulnerabilidade social do município de Carnaubais que é desprovida
das políticas públicas, como saúde, educação, Assistência Social entre
outras..., bem como das políticas setoriais, como habitação, saneamento...,
apesar de tudo estão necessitando de cuidados e direitos para sanar os
problemas sociais. Convém, pois esclarecer que quem estava representado a comunidade
não era a equipe de Governo, mas a UNIVERSIDADE representada pelas estagiárias
do curso de Serviço Social Fernanda e Valdileia e as Supervisoras de estágio
Ellen Paiva e de campo Vera Fonseca que foi convidada não pra representar o
governo, mas as estagiárias. Quanto ao vereador Thiago Cavalcante e Jarbas o
próprio KAVERNAC os convidou pra
exatamente fazer o que ele fez politicagem com o trabalho das estagiarias e com
a população da própria comunidade. Reivindicar é um direito de todos os
cidadãos, é livre a manifestação de pensamento conforme consta na Constituição
Federal do Brasil de 1988, mas a mesma lei diz que o direito de resposta é
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem. A luta do REPRESENTANTE da comunidade não é só em melhorar a comunidade
e reivindicar seus direitos é também uma guerra pelo poder. Saiba criticar,
propor, saber transmitir e ter sensibilidade para escutar e trabalhar com o
outro, pois o compromisso sem competência é descompromisso.
Percebe-se que a liberdade é
simultaneamente a capacidade de escolha consciente dirigida a uma finalidade e
capacidade prática de criar condições para a realização objetiva das escolhas e
para que novas escolhas sejam criadas. Por isso, liberdade e valor vinculam-se
ontologicamente. Pois a liberdade, para Marx, não consiste na consciência da
liberdade ou das escolhas, mas na existência de alternativas e na possibilidade
concreta de escolha entre elas.
Somos donos dos nossos
conhecimentos, podemos buscar tudo que necessitamos, a representatividade
apenas é uma manobrar do poder. A representatividade só é aceitável quando ela
é reciproca. Não deixe ninguém fazer por você o que você pode fazer por si
mesma, não seja refém dos pensamentos das ideias dos
outros.
Aqui quero enfatizar que
sabemos a grande diferença entre AÇÃO SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL, mas pelo
visto quem publicou a matéria não conhecia os fatos verídicos, portanto quando
publicar um noticiário saiba a versão dos dois lados pra não cometer nenhuma
injustiça e não causar distorção da realidade dos fatos que está publicando.
A Assistência Social é
uma política pública, direito do cidadão que dela necessitar e um dever do
Estado. É uma política social que integra a seguridade social brasileira, de
caráter não contributivo. Por meio das ações da Assistência Social é possível
garantir o acesso a recursos mínimos e provimento de condições para
atender contingências sociais e promover a universalização dos direitos
sociais. A Política de Assistência Social tem como fundamento legal a
Constituição Federal brasileira (1988), a Lei Orgânica da Assistência Social
(1993), além de normas, portarias, decretos, entre outros dispositivos.
A atuação da política de
assistência social se realiza de forma integrada às demais políticas setoriais
e se organiza por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O SUAS é
organizado em níveis de proteção: proteção social básica e proteção social
especial, de modo a atender às demandas dos cidadãos de acordo com o nível de
complexidade.
Os Centros de Referência da Assistência Social,
como o próprio nome já diz, devem ser a ‘referência’ para todos aqueles que
necessitam de serviços sócio-assistenciais. Os CRAS são unidades públicas que
devem estar localizados próximos às localidades com maior índice de
vulnerabilidades, facilitando o acesso de quem necessita da assistência social.
Os serviços ofertados são financiados através de recursos públicos municipais e
federais e são desenvolvidos através de uma equipe técnica mínima, composta por
profissionais com curso superior como assistentes sociais, pedagogos e
psicólogos, além de equipe de apoio como assistentes administrativos,
motoristas, zeladores, etc.
Podemos destacar algumas ações que podem ser
desenvolvidas no âmbito do CRAS: grupos de convivência (idosos, crianças,
jovens e pessoas com deficiência), ações de geração de renda (cursos,
treinamentos, qualificação profissional, trabalhos artesanais), inserção em
programas sociais (municipais, estaduais e federais), encaminhamentos à rede
sócio-assistencial governamental e não governamental, ações sócio-educativas de
apoio às famílias, acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa
Família, visitas domiciliares, palestras e campanhas educativas, entre outras.
Os CRAS são as unidades articuladoras das ações de Proteção Social Básica e devem trabalhar em conjunto com as entidades assistenciais e com as demais políticas públicas, visando o atendimento integral das famílias atendidas.
Os CRAS são as unidades articuladoras das ações de Proteção Social Básica e devem trabalhar em conjunto com as entidades assistenciais e com as demais políticas públicas, visando o atendimento integral das famílias atendidas.
Ação Social
Três grandes sociólogos retratam
perfeitamente o que é ação social Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim, mas
não vou deter aos clássicos. Para Weber, a ação é toda conduta humana dotada de
um significado subjetivo dado por quem a executa e ação social é toda conduta
dotada de sentido para quem a efetua, a ação social deve ser praticada com
intenção.
Então qualquer iniciativa que traga melhorias para
uma comunidade ou gere o bem estar coletivo, pode ser considerada uma ação
social. Se você se indigna com alguma situação ao seu redor, luta pela melhoria
dela, e isso transforma de maneira positiva a vida de várias pessoas.
Em
fim, deixo meu recadinho conheça melhor o trabalho de um Assistente Social
antes de criticá-lo meus caros colegas! Sim antes que esqueça o CRAS de
Carnaubais só trabalha uma Assistente Social para atender todo o município,
desta forma não sou exclusiva de uma única comunidade, mas de todas elas.
NÃO
COBRO IMPOSTOS IPTU como foi dito que eu estava representando a secretaria de
finanças. SOU ASSISTENTE SOCIAL.
Atenciosamente,
Vera Lúcia Rodrigues Fonseca
Assistente Social do CRAS
Carnaubais/RN, 03 de novembro de 2013.
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