domingo, 3 de novembro de 2013

Carta Resposta!






Antes de contestar a nota exposta no blog Carnaubais em foco quero publicar para os leitores assíduos de boas notícias e com capacidade de interpretar e compreender a realidade dos fatos em foco.
O momento que vivemos é um momento pleno de desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar sonhos e concretizá-los dia a dia no horizonte de novos tempos mais humanos, mais justos, mais solidários.
Marilda Iamamoto
A lei de nº 8.662, de 07 de junho de 1993 que dispõe sobre a profissão de Assistente Social em seu Art. 5º constituem atribuições privativas do Assistente Social, inciso VI treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social. Portanto, a supervisão de estagiários de Serviço Social, cabe somente ao Assistente Social.
Entretanto, diante dessa informação quero explicar para a sociedade Carnaubaense o contexto de tanta especulação para a realização de um Projeto de Intervenção das estagiárias do curso de Serviço Social da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ASSÚ/RN que fazem estágio no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS na cidade de Carnaubais/RN. Local de estágio escolhido pelas alunas por residirem e serem naturais desta cidade.
Neste contexto, sabe-se que o Projeto de Intervenção é exigência do estágio curricular e o local para a realização do mesmo foi escolha das estagiárias de Serviço Social, por saber da riqueza e importância de materiais e subsídios de trabalho para estudo oferecido pelo prolongamento do Conjunto João Teixeira Filho, ou seja, quatro ruas anexas do referido Conjunto, popularmente “São Francisco”.
No estágio curricular as estagiárias devem, obrigatoriamente, contar com a supervisão de um técnico de nível superior da equipe de referência do CRAS. Destaca-se que as estagiárias não podem, em hipótese alguma, substituir os profissionais que compõem a equipe de referência do CRAS, sejam os profissionais de nível superior. Devem participar junto ao técnico de nível superior ou sozinho, desde que orientado e supervisionado pelo técnico de nível superior (da mesma categoria profissional) e com o consentimento dos usuários, de atividades de programas, serviços e projetos implementados no CRAS.
Prosseguindo e dando concretude aos fatos as estagiárias realizaram um primeiro contato com os moradores, que indicou como REPRESENTANTE da comunidade KAVERNAC, sendo que esse primeiro contato foi realizado no CRAS, e as alunas de Serviço Social buscaram informações sobre a comunidade e falaram sobre o Projeto de Intervenção que elas gostariam de realizar na referida comunidade, mas mostrando ao REPRESENTANTE que era um Projeto da UNIVERSIDADE e não da Gestão local e em seguida marcaram um encontro com os moradores da comunidade. Mas paralelamente ao encontro realizado com o REPRESENTANTE dos moradores as estagiárias também buscaram outras fontes para conhecer melhor a comunidade, através de dados colhidos pela secretaria de Assistência Social, Saúde, Agente de Saúde (Vera de Melo), Educação, Finanças, Obras, CAERN e Promotoria. Então no primeiro encontro esteve presente a Supervisora de estágio a Profª e Assistente Social Ellen Paiva e as estagiárias de Serviço Social Fernanda e Valdileia, que puderam conhecer de perto a realidade da comunidade. Neste encontro os moradores expuseram vários problemas ali existentes que foram reivindicados ao Governo atual e segundo eles, sem êxito. As estagiárias sabendo das reivindicações se comprometeram em buscar informações a respeito e repassá-las para a comunidade o resultado do encaminhamento de cada uma delas. No entanto, em nenhum momento falaram que iria resolvê-las, pois o estágio apenas lhe permite orientar e apresentar resultados de trabalhos aplicados.
Num segundo encontro as estagiárias de Serviço Social apresentaram aos moradores da comunidade do Conj. João Teixeira os resultados dos questionamentos, mas sempre focando o alvo do encontro que é o Projeto de Intervenção – Ação Social na Comunidade que seria realizado no colégio Abel Alberto da Fonseca, onde todos ali presentes concordaram, mas o encontro tomou outro rumo.
No encontro estiveram presentes as alunas da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ASSÚ/RN, a Supervisora de Estágio a profª e Assistente Social Ellen Paiva e a Supervisora de Campo Vera Fonseca (convidada pelas estagiárias e por ser supervisora de campo das alunas) e alguns moradores  presentes. Vale salientar que todos foram convidados. Mas, segundo o REPRESENTANTE KAVERNAC os demais moradores não estavam presentes por estarem trabalhando. Além dessas pessoas citadas estavam presente Jarbas Filadelfo (Secretario de Finanças) e o Vereador Thiago Cavalcante ambos vieram a convite do próprio KAVERNAC, onde o BLOG CARNAUBAIS EM FOCO cita que os mesmos foram a mando do PREFEITO.
Portanto, quero informar para a população que o REPRESENTANTE da comunidade o jovem KAVERNAC se apropriou do Projeto de Intervenção das alunas de Serviço Social, ou seja, anulando, deturpando a imagem da UNIVERSIDADE que está realizando um trabalho social na comunidade. A apropriação do trabalho das alunas foi de má fé, pré-meditado e agressivo, levando o trabalho das alunas pra o lado partidário, pois em nenhum momento a intenção das alunas era transformar seu Projeto em partidarismo, pois o objetivo delas era apresentar para a população o que aprenderam na UNIVERSIDADE.
Quero colocar meu desabafo para que a sociedade de Carnaubais saiba o que aconteceu naquela comunidade no dia 30 de outubro de 2013. Quero esclarecer também que não representei neste dia o Governo, mas a Assistência Social especificamente o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, local onde trabalho, e toda a sociedade que se encontra em vulnerabilidade social do município de Carnaubais que é desprovida das políticas públicas, como saúde, educação, Assistência Social entre outras..., bem como das políticas setoriais, como habitação, saneamento..., apesar de tudo estão necessitando de cuidados e direitos para sanar os problemas sociais. Convém, pois esclarecer que quem estava representado a comunidade não era a equipe de Governo, mas a UNIVERSIDADE representada pelas estagiárias do curso de Serviço Social Fernanda e Valdileia e as Supervisoras de estágio Ellen Paiva e de campo Vera Fonseca que foi convidada não pra representar o governo, mas as estagiárias. Quanto ao vereador Thiago Cavalcante e Jarbas o próprio KAVERNAC os convidou pra exatamente fazer o que ele fez politicagem com o trabalho das estagiarias e com a população da própria comunidade. Reivindicar é um direito de todos os cidadãos, é livre a manifestação de pensamento conforme consta na Constituição Federal do Brasil de 1988, mas a mesma lei diz que o direito de resposta é proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. A luta do REPRESENTANTE da comunidade não é só em melhorar a comunidade e reivindicar seus direitos é também uma guerra pelo poder. Saiba criticar, propor, saber transmitir e ter sensibilidade para escutar e trabalhar com o outro, pois o compromisso sem competência é descompromisso.
Percebe-se que a liberdade é simultaneamente a capacidade de escolha consciente dirigida a uma finalidade e capacidade prática de criar condições para a realização objetiva das escolhas e para que novas escolhas sejam criadas. Por isso, liberdade e valor vinculam-se ontologicamente. Pois a liberdade, para Marx, não consiste na consciência da liberdade ou das escolhas, mas na existência de alternativas e na possibilidade concreta de escolha entre elas.
Somos donos dos nossos conhecimentos, podemos buscar tudo que necessitamos, a representatividade apenas é uma manobrar do poder. A representatividade só é aceitável quando ela é reciproca. Não deixe ninguém fazer por você o que você pode fazer por si mesma, não seja refém dos pensamentos das ideias dos outros.
Aqui quero enfatizar que sabemos a grande diferença entre AÇÃO SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL, mas pelo visto quem publicou a matéria não conhecia os fatos verídicos, portanto quando publicar um noticiário saiba a versão dos dois lados pra não cometer nenhuma injustiça e não causar distorção da realidade dos fatos que está publicando.
A Assistência Social é uma política pública, direito do cidadão que dela necessitar e um dever do Estado. É uma política social que integra a seguridade social brasileira, de caráter não contributivo. Por meio das ações da Assistência Social é possível garantir o acesso a recursos mínimos e provimento de condições para atender contingências sociais e promover a universalização dos direitos sociais.   A Política de Assistência Social tem como fundamento legal a Constituição Federal brasileira (1988), a Lei Orgânica da Assistência Social (1993), além de normas, portarias, decretos, entre outros dispositivos.
A atuação da política de assistência social se realiza de forma integrada às demais políticas setoriais e se organiza por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O SUAS é organizado em níveis de proteção: proteção social básica e proteção social especial, de modo a atender às demandas dos cidadãos de acordo com o nível de complexidade.
Os Centros de Referência da Assistência Social, como o próprio nome já diz, devem ser a ‘referência’ para todos aqueles que necessitam de serviços sócio-assistenciais. Os CRAS são unidades públicas que devem estar localizados próximos às localidades com maior índice de vulnerabilidades, facilitando o acesso de quem necessita da assistência social. Os serviços ofertados são financiados através de recursos públicos municipais e federais e são desenvolvidos através de uma equipe técnica mínima, composta por profissionais com curso superior como assistentes sociais, pedagogos e psicólogos, além de equipe de apoio como assistentes administrativos, motoristas, zeladores, etc.
Podemos destacar algumas ações que podem ser desenvolvidas no âmbito do CRAS: grupos de convivência (idosos, crianças, jovens e pessoas com deficiência), ações de geração de renda (cursos, treinamentos, qualificação profissional, trabalhos artesanais), inserção em programas sociais (municipais, estaduais e federais), encaminhamentos à rede sócio-assistencial governamental e não governamental, ações sócio-educativas de apoio às famílias, acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família, visitas domiciliares, palestras e campanhas educativas, entre outras.
Os CRAS são as unidades articuladoras das ações de Proteção Social Básica e devem trabalhar em conjunto com as entidades assistenciais e com as demais políticas públicas, visando o atendimento integral das famílias atendidas.
Ação Social

Três grandes sociólogos retratam perfeitamente o que é ação social Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim, mas não vou deter aos clássicos. Para Weber, a ação é toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e ação social é toda conduta dotada de sentido para quem a efetua, a ação social deve ser praticada com intenção.

Então qualquer iniciativa que traga melhorias para uma comunidade ou gere o bem estar coletivo, pode ser considerada uma ação social. Se você se indigna com alguma situação ao seu redor, luta pela melhoria dela, e isso transforma de maneira positiva a vida de várias pessoas.
Em fim, deixo meu recadinho conheça melhor o trabalho de um Assistente Social antes de criticá-lo meus caros colegas! Sim antes que esqueça o CRAS de Carnaubais só trabalha uma Assistente Social para atender todo o município, desta forma não sou exclusiva de uma única comunidade, mas de todas elas.
NÃO COBRO IMPOSTOS IPTU como foi dito que eu estava representando a secretaria de finanças. SOU ASSISTENTE SOCIAL.
Atenciosamente,
Vera Lúcia Rodrigues Fonseca
Assistente Social do CRAS

Carnaubais/RN, 03 de novembro de 2013.




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