quarta-feira, 14 de outubro de 2015

UMA CIDADE COM SEDE.

MACAU: Muito sal e pouca água!




               Seria cômica esta frase , se não fosse trágica a situação do abastecimento de agua na cidade das salinas. Uma das mais importantes cidades do Rio Grande do Norte, Macau está em vias de viver um colapso hídrico. Com o leito do rio Piranhas-Assú reservando aguas abaixo do "volume morto", os macauenses vivem no limite da resistência. A persistente seca no nordeste que dura aproximadamente cinco anos com previsão de mais três, decorrente do efeito El Nino (corrente de ar quente provenientes do oceano pacifico)  que impedem a formação de nuvens densas nesta região, tende a agravar ainda mais o já caótico quadro. 

                Tenho familiares morando no município que me repassaram informações dando conta das reais condições em que vivem grande parte da população. A situação é paradoxal. Diferente das famílias do sertão que as vezes tem um gole d'agua, mas não tem feijão. Em Macau, as famílias tem feijão, mas as vezes falta um gole d'agua.

                 As diversas tentativas de resoluções implementadas pelas lideranças  politicas das mais variadas vertentes ideológicas, ate agora não passaram de simbólicos gestos de boa vontade. Uma forma de se apresentarem como "salvadores meritórios" da pátria salineira. São quase que "quixotescos" em suas peregrinações. As perfurações dos poços se revelaram ineficazes, uma vez que o lençol freático local esta contaminado com autos índices de coliformes fecais, em função do centenário uso do solo para escavações de fossas domesticas. Quanto a CAERN, as ações não respondem de forma objetiva os anseios dos habitantes da região.

                  INDIGNAÇÃO, INDIGNAÇÃO, INDIGNAÇÃO. Vai aqui o sentimento de solidariedade de todos nós, carnaubaenses,


                                                                                                       Por Maristela Martins

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